Paixão...

Ontem a minha professora de “Criatividade e Inovação” avisou minha turma da faculdade que teríamos um novo professor de Antropologia (matéria infeliz que caiu nos dois últimos horários da sexta). Vejamos, a matéria poderia ser a minha preferida, que ainda sim seria UÓ, afinal, como gostar de algo que te prende entre as 21 até às 22:50 de um sexta? Pois bem, ela disse que o cara era bacana e que iriamos gostar dele. Acreditei, pois uma pessoa tão bacana quanto ela, não falaria isso de um zé mané qualquer! Depois do intervalo acabei chegando atrasada na sala e ele já estava falando, ou melhor gritando. Pensei, “ótimo, só assim não durmo”. Um cara alto, com óculos, voz grave e alta. Ele fazia piadas, muuuuitas piadas. Falava muitos palavrões, fazia gestos estranhos, dava socos na lousa. E incrivelmente ainda sim estava no foco –a birosca da antropologia- Até cheguei a pensar que estava em um teatro assistindo um stand-up nerd! Na universidade professores piadistas, engraçados e descolados enquanto ministram suas aulas não é algo raro! Ainda mais no meu curso – alô povo da comunicação, só aprende assim- Mas algo me encantou muito no caso do professor novo: O amor! O amor que ele sente por fazer exatamente aquilo que sonhou fazer um dia. É claro que pra chegar ali, deu muitas aulas em supletivos e para moleques metidos a adultos no ensino médio. Mas ainda sim, lutou e chegou aonde queria chegar! E isso só me encoraja a terminar mais esses quase três anos de faculdade que me restam! Fazer o que eu gosto, ainda que tenha que enfrentar muito trampinho ~mequetrefe~ antes! Só pra poder sentir PAIXÃO naquilo que trabalho, assim como o professor em uma noite de sexta. Só amando o que fazemos, conseguimos arrancar aplausos espontâneos de uma sala inteira no término de uma aula!